Retrato Urbano da cheia histórica do Rio Negro

O que nos lembra a imagem abaixo?

Até parece fora de contexto com o que você leu no título, não é?
Mas é aí que começa a nossa história (que agora é histórica). O primeiro plano é um balão, muito comum nas festas juninas. Opaaa! Chegamos no ponto de partida. O mês de junho. Com o acúmulo das chuvas dos meses anteriores, é comum em nossa região o Rio Negro, que cerca a capital amazonense, transbordar, atingindo diversas pessoas (moradores de áreas próximas ao rio e trabalhadores que tira dele o seu sustento).
Mas o que não é comum é presenciar sua subida diária, de centímetro em centímetro, até atingir um índice métrico que não estava nos registros ainda.


Pra ser breve... a marca histórica, até então, desde 1902 quando é medida o nível das águas do rio, é a de 1953, quando a cheia do Rio Negro atingiu a marca de 29,69m (vinte e nove metros e sessenta e nove centímetros). A deste ano, 2009, alcançou a marca de 29,77m (vinte e nove metros e setenta e sete centímetros), até o dia 2 de julho. A partir daí começou o período conhecido como 'vazante', a diminuição do nível das águas.

As fotos a seguir foram tiradas nos dias 24 de Junho (o dia em que a cheia atual igualou a marca da de 1953) e 28 de Junho (quando a marca já alcançava 29,72m).
Confira...

Feira da 'Manaus Moderna', a rua ficou completamente tomada pelas águas.

No mesmo lugar podemos ver que foram necessárias implantar calçadas e pontes improvisadas com sacos de areia para o trânsito dos pedestres e continuação do trabalho no local.

Por trás do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, próximo a feira.

Visão de uma das ruas atingidas, no Centro de Manaus.

O trabalho dos 'amarelinhos', 'laranjinhas' e azuizinhos' foram essenciais para amenizar os transtornos causados pela cheia. Visão da Rua Floriano Peixoto para a Praça do Relógio Municipal, no Centro de Manaus.

O cenário virou atração turística. Todos os dias do período da subida do Rio Negro, muitas pessoas visitavam os locais afetados e registravam o acontecimento. Praça do Relógio, visão para a Floriano Peixoto.

Aqui fica mais visível o monumento que ganhou um parceiro para ser um atrativo turístico.

Acredite! Houve quem tentasse pescar em meio ao ocorrido. Convenhamos que o peixe mais provável que ele iria pescar era um Bodó, pois o cheiro desagradável que estava.

Dá pra ver o quanto a movimentação é intensa. Essa mangueira é do serviço público pra tentar conter o avanço da água.

Continuando... Mudando de local... Essa é a praia da Ponta Negra... Pelo menos era pra ser. A praia ficou totalmente submersa, 'engolindo' a escada de acesso e o calçadão. (Visão Geral)
Veja as outras abaixo...

Praia da Ponta Negra tomada pelas águas do Rio Negro. (Em perspectiva)

Parte do Calçadão da Praia da Ponta Negra tomada pelas águas do Rio Negro.

Praia da Ponta Negra tomada pelas águas do Rio Negro. (Visão Geral)

Bem, esse foi um pouco do que tentamos mostrar como 'O Segundo Registro' pra você.
Se você não viu ao vivo, não presenciou este fato, aguarde que outras virão, certamente, pois não sabemos até onde vai a 're' ação da natureza...

* Texto e Fotos
por Rômulo Araújo - Administrador deste blog

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SINFOPAM realiza palestra em comemoração ao dia mundial da fotografia

"A imagem fotográfica digital" foi o tema da palestra realizada, hoje (19) pelo Sindicatos dos Fotógrafos Profissionais do Amazonas - o SINFOPAM, em comemoração ao dia mundial da fotografia. O encontro reuniu profissionais sindicalizados, fotógrafos amadores e estudantes no espaço cultural da livraria Valer, no Centro da cidade, e debateu as mudanças na convergência do sistema Analógico e Digital. O palestrante foi o Fotógrafo, bacharel em Comunicação e secretário geral do sindicato, Max Eduardo Marinho de Assunção, que além do tema central falou também sobre tamanho e qualidade no processo de melhoramento de imagem, iso (granulação e pixelização), luz (flash) e sobre a mudança do filme para o cartão de memória.

Este blog entrevistou o presidente do SINFOPAM, Marinho Ramos, que atua como fotógrafo na Secretaria Municipal de Comunicação de Manaus, a SEMCOM e esclareceu algumas dúvidas quanto ao exercício profissional do fotógrafo e sobre as atividades executadas pelo órgão, que primiramente foi fundado em 1964 como associação e em 1988 foi transformado em sindicato. Confira:

O Segundo Registro: Qual a função do Sindicato, hoje?

Marinho Ramos: A função do sindicato é representar a categoria de fotógrafos profissionais, dentro da sua profissão. O fotógrafo profissional, que exerce a profissão, tem que ter a carteira de fotógrafo, se não ele não é considerado como fotógrafo profissional. O registro é um direito assegurado a todas as categorias profissionais e pra isso nós temos o sindicato, que também contribui dando aulas, realizando esses eventos para qualificar o profissional para o mercado de trabalho, servindo como uma utilidade pública. Outra atividade do órgão é credenciar o fotógrafo sindicalizado para ele trabalhar nos eventos, além de realizar defesas desses profissionais.

O Segundo Registro: De acordo com a observação do sindicato, como está o mercado para fotógrafos no Amazonas, tem espaço?

Marinho Ramos: Sim. No mercado profissional, a pessoa que se qualificar ganha dinheiro. O mercado ficou muito bom com a chegada das novas tecnologias. É claro que exige muita experiência, inteligência, você tem que ser uma pessoa que pensa rápido, acima de tudo criativo, pois a profissão de fotógrafo, hoje, está muito competitiva. Tem muita gente que coloca uma câmera no pescoço e sai por aí registrando e se achando profissional. E não é assim. A fotografia exige conhecimento técnico, de linguagem e de criatividade, como eu falei. Tem que ser criativo.

O Segundo Registro: Quais os requisitos pra se sindicalizar?

Marinho Ramos: Primeiro de tudo é preciso está exercendo a profissão. Depois dá entrada no próprio sindicado com os documentos e um portifólio (trabalhos do fotógrafo em álbum ou em Mídia) e se paga uma taxa anual de R$ 50,00 (Cinquenta Reais). Depois nós fazemos uma avaliação, junto com o seu equipamento que também deve ser profissional. E assim é providenciado o registro de Fotógrafo, junto com uma carteirinha e ele passa a ter também um credenciamento juntos aos órgão de imprensa.

O Segundo Registro: Qual o tipo de fotografia que os profissionais são mais requisitados a fazerem?

Marinho Ramos: O maior requisito é no mercado das formaturas que exige muita experiência e muito conhecimento, mas é um dos mercados que mais está tendo 'free-lancers' hoje. E são muito bem remunerados.

O Segundo Registro: Qual a diferença do registro de Fotógrafo profissional e o de Repórter Fotógrafico? O Sindicado interfere nesse registro?

Marinho Ramos: Veja bem. Sou muito questionado sobre isso. E digo que não há diferenças. O que acontece é que você só pode ser Repórter Fotográfico, se você for Fotógrafo, mas você exerce uma função Jornalística. O repórter Fotógrafico é um segmento da profissão de fotógrafos. Mas a função dele é assim definida por estar a serviço de uma empresa Jornalística. Você está sendo pago para fazer aquilo e não pode fugir desse compromisso. Mas tem repórter que é filiado nós dois sindicados, no nosso (SINFOPAM) e no dos Jornalistas (SJPAM), como é o meu caso.

O SINFOPAM está localizado na Rua Marcílio Dias, 256, Centro de Manaus. O contato é o 9973-2448 (Marinho Ramos) ou marinhoramosjps@hotmail.com

por Rômulo Araújo - Administrador deste blog

Apresentação e Justificativa

Saudações,

Os mais variados acontecimentos, devido ao excesso e rapidez, passam despercebidos muitas vezes ao público expectador. Em tal situação, os olhos, dos que presenciam o fato, são o primeiro registro e o captam de maneira abrangente para uma posterior descrição. Mas, podemos dizer que esse processo de armazenamento, é falho. A visão humana não eterniza com todos os detalhes tais ocorrências. Aí entra a fotografia, feita de modo rápido (com o advento da tecnologia), em segundos, que funciona como um recorte da realidade e um documento real do acontecimento, o segundo registro, do ponto de vista do fotógrafo.


Este blog pretende, de maneira simples e acessível, efetuar registros de cenas cotidianas (no fotojornalismo e na fotografia de observação), e torná-las disponíveis para quem acessá-lo. Além de dar dicas de manuseio de câmeras digitais, trazer curiosidades e histórias relacionadas à fotografia, tanto em âmbito internacional, como também, nacional e local, trazendo críticas, opiniões e entrevistas de profissionais da área, no Amazonas.
Este Blog é administrado por Rômulo Araújo, estudante de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Embora seja um mero aprendiz na área, pretende contribuir com uma pequena parcela para este mundo imagético.

Sejam todos Bem Vindos e divirtam-se!

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por Rômulo Araújo - Administrador deste Blog

A história de um registro feito com a luz

Capítulo I
O primeiro 'click'...

No dia 9 de maio de 1826, o químico francês Joseph Nicéphore Niepce (1765–1833) conseguiu, pela primeira vez na história registrar uma imagem com ajuda de uma caixa de madeira (chamada de Heliographie) em uma folha de papel com cloreto de prata, ou seja, quimicamente sensibilizado. A imagem é de uma mesa posta em seu jardim, que demorou cerca de oito horas para se fixar no então papel, considerada hoje a primeira fotografia do mundo. Os primeiros passos da fotografia foram dados nesse instante.
Para prosseguir com seu invento, Niepce contou com a ajuda do pintor, também francês, Jean Jacques Mandé Daguerre, que aperfeiçou a máquina, e a rebatizou de 'Daguerreótipo'. Nesse mesmo período, no Brasil, o francês Hércules Florence, desenvolvia também experimentos que o levaram ao mesmo resultado, porém, nessas alturas, o mundo já estava sendo anunciado, oficialmente, em Paris, na Academia de Ciências da França, sobre a chegada da Fotografia, no dia 19 de agosto 1839.

Vale ressaltar que a palavra fotografia vem do grego:
Foto: Luz; Grafia: Escrita
Assim, podemos definí-la como a arte de escrever com a luz.


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Esse é apenas o começo. Não deixe de acompanhar os próximos capítulos
por Rômulo Araújo - Administrador deste Blog